O psiquiatra Thomas Szasz, em seus livros O Mito da Doença Mental e A Ideologia da Doença Mental, demonstrou que a idéia de doença mental é falsa, pois não se pode pensar em doença nesta esfera, sendo isto uma extrapolação metafórica inaceitável, do mundo físico para o psíquico. Não existe doença ou ?deficiência mental?, apenas discordância com idéias e comportamentos, assim como não existiam bruxas ?malvadas? na Idade Média, mas tão-somente idéias e comportamentos repudiados pelos dominantes. O que pode existir são problemas físicos que atingem o comportamento e idéias de um indivíduo, isto é, problemas físicos que aparentam ser problemas mentais.
No momento em que parte das brumas que envolviam a loucura começavam a dissipar-se surgiu o movimento chamado de antipsiquiatria que sacudiu os ambientes universitários e o grande público. Os psiquiatras que vinham revolucionando o atendimento do doente mental ficaram na defensiva e pelo que vivi pessoalmente, muito irritados.
O primeiro a se lançar contra a concepção psiquiátrica de doença mental foi Thomas Szazs com seu "Mito da Doença Mental". Szaz era um psicanalista húngaro de extrema direita, que não aceitava grupo por lembrar socialismo que virou "guru" de certa esquerda brasileira. Sua idéia era simples, se houvesse lesão, era caso neurológico, se fosse problema de conduta a lei resolveria, o tratamento seria psicológico e os psiquiatras não tinham nada a fazer.
A ele se seguiram David Cooper, Ronald Laing e A . Esterson . Com pequenas diferenças eles encontraram os culpados pela doença mental. A família e a sociedade. Laing defendeu a concepção da metanóia; viagem interior em que a doença mental constitui a única maneira de escapar à ação alienante da sociedade."