Será que precisamos de conceitos fixos de "natureza" ou "meio ambiente" para lidarmos com a crise climática? Ao elaborar uma resposta, Timothy Morton oferece também uma das melhores introduções à sua filosofia. Neste livro, noções como “ecologia sem natureza”, “estranho estrangeiro”, “malha”, “hiperobjetos” são apresentadas com rigor, leveza e humor.
Além de referências fundamentais da história da filosofia, Morton utiliza exemplos da poesia, das artes visuais, da música, do cinema e da cultura pop, passando por fenômenos comportamentais contemporâneos: de Darwin a Blade Runner, de Wordsworth a Björk e Levinas, de Mallarmé e Heidegger a Stanley Kubrick. O livro busca nada menos do que reconceitualizar aquilo que entendemos por “ecologia”. Pois, para Morton, as concepções teóricas tradicionais ou bem intencionadas que geralmente definem o termo “ecologia”, longe de contribuir para o enfrentamento da catástrofe ambiental, podem, ao contrário, intensificar a catástrofe.
No plano da ação política, Morton rejeita o "agir localmente" em favor de um "pensar grande" global, acompanhado de princípios éticos universais como responsabilidade, cooperação, simpatia, e sobretudo perplexidade. Sua crítica do capitalismo como origem da crise ecológica nos convida a interagir em todas as escalas: com o estranho, o não-humano, os hiperobjetos.
Em três capítulos concisos, o livro apresenta as implicações filosóficas, estéticas e políticas decorrentes do fato de que as formas de vida estão interconectadas em uma vasta malha. O que denominamos “natureza” simplesmente não existe como entidade separada de elementos considerados “artificiais”, “culturais” ou “conscientes” da vida.
Com um texto inovador, O pensamento ecológico propõe uma compreensão inesperada sobre impasses teóricos e práticos que estão na origem das mudanças climáticas.
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