Inserido no Brasil pelos filhos de sua aristocracia, o futebol, produto importado, objetivava, inicialmente, a propagação de valores de distinção e exaltação de classe pelos praticantes da elite do final do século XIX e início do XX, que não se preocupava com o próprio sustento.
Em pouco tempo, as camadas populares também aderiram à prática dos pontapés na bola, sendo operários negros, brancos e mestiços discriminados. A justificativa de manutenção do amadorismo do esporte tinha como pano de fundo a discriminação racial e social. Destaca-se nesse período o enfrentamento promovido pelas equipes cariocas Bangu A.C. e C.R. Vasco da Gama.
O tempo passou e, mesmo com atletas negros incorporados à quase todos os times, o racismo permaneceu. Ele foi utilizado como justificativa à derrota brasileira na Copa de 50.
Hoje casos de discriminação racial durante partidas de futebol se proliferam enquanto poucos dirigentes, técnicos e presidentes dos clubes brasileiros são negros.
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