Orelha: Conforme as gerações de revolucionários se sucedem, cresce a ignorância entre seus membros. Os revolucionários da geração de Marx e Rosa Luxemburg conheciam Marx e Engels, a filosofia clássica e a história, além de conviverem com os grandes debates no interior da II Internacional. Passadas poucas décadas, já não se conhecia tanto a filosofia, mas mantinha-se o contato com o fundamental de Marx e Engels. Ao redor dos anos de 1940, os manuais começam a substituir Marx, Engels e Lenin – a filosofia e a historiografia já estão quase abandonadas. Nos anos de 1960, os revolucionários deixaram de estudar os clássicos. Marx e Engels são citados cada vez mais protocolarmente.
Ao chegarmos aos nossos dias, os revolucionários não estudam e sequer leem jornais diários! E muito dessa trajetória foi realizada sob a bandeira leninista: “Sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário”!
Como isso foi possível? Quais as forças sociais que impulsionam essa reprodução ampliada da ignorância entre os revolucionários? Como combatê-las? Enfim: o que é o estudo, para o revolucionário, nos dias de hoje? Essas são as questões centrais de O Revolucionário e o Estudo.
Contra-capa:
“Sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário”. Todos concordam com essa tese de Lenin. Contudo, nos partidos e nas organizações revolucionárias os processos de “formação” não vão além da doutrinação (que nada tem a ver com o estudo revolucionário). Por outro lado, os indivíduos, mesmo quando sinceramente desejam, não conseguem estudar. Por que isso é assim? Como enfrentar essa situação? Como estudar, hoje? O que significa produzir uma teoria revolucionária em nossos dias?
Sociologia