A narrativa leve e dinâmica bebe no universo das histórias de detetive e da adolescência. Ferrarini conta a história de Ogliver Nut, ou Todynho como é conhecido por todo mundo na pequena Monte Azul, um garoto tímido, inteligente e cativante. Toca violão e joga capoeira. Perto do final do ano letivo, e sem nenhum motivo aparente, Ogliver começa a queimar a hora de entrada do colégio Frei Barbeta. Logo inicia-se uma série de especulações, tendo o detetive Chiclé à frente das investigações. Teme que sua musa Nadine, a garota mais disputada do colégio, esteja por trás do segredo. Surgem pistas, mas ao final de cada uma delas, aparece um novo detalhe que muda o rumo da trama. Também há a Natália, Pipoca, Fiufiu, Simone, Roger, Ruivinha, Banha, o Louco da Moto e a gangue da 81, metendo-se em confusões, cheias de lances divertidos e emocionantes. Ferrarini conduz a história com habilidade tal que faz o leitor perder o fôlego, que aliás é solicitado a ter uma participação interativa no desenrolar da trama. Os ingredientes como jovens, espaço social escolar, paqueras, rivais, gangues, funcionam como suporte a essa aventura ágil e envolvente. O Segredo de Ogliver Nut garante a leitura pela motivação e cumplicidade que gera com o leitor.