Os meandros do vale

Os meandros do vale Elias Louzeiro


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Os meandros do vale





Os Meandros do Vale não pretende ser um relato fidedigno dos muitos eventos que ao fim do século XIX sacudiram o Império. O romance também não pretende recriar em detalhes precisos, como uma pena de artista, a imagem das grandes figuras que povoam os imaginários, heróis que empunham espadas, proferem discursos e gestam os atos mais grandiloquentes e, quase sempre, hediondos. Se a história de outrora reluziu os nobres, dessa vez fazemos outra opção; narramos uma história de vultos, de corpos ausentes que de repente figuram no meio da sala, erguem a voz e somem, como se lá não houvessem estado, e dessa forma não sabemos ao certo o que se passou, e assim em parte dizemos, em parte negamos. Ora, o caminho da negação é também caminho de afirmação, o caminho do oposto — nada mais cabível para uma história sobre os avessos, sobre homens negados, pequenos, habituados às margens e aos meios-fios. Convenhamos, não fosse esse ato rebelde, onde mais seriam vistos? Se a eles sempre foi dado tão somente o apagamento, são os sem nome aos quais o tempo sempre sublimou e sobrescreveu.

Olhar atento, caro leitor, pois é ao fundo que se depositam os melhores traços e segredos das telas. Os Meandros do Vale é um amontoado de pigmentos vários, noutro tempo difusos, mas hoje reunidos para compor uma imagem, uma história. Ireti é a imagem maior deste romance, herói improvável como os eventos mais certos da vida.

Literatura Brasileira

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