As Poesias, de Olavo Bilac, publicadas em 1888, foram recebidas com um coro de louvores, como poucos livros na literatura brasileira. Apesar do parnasianismo já estar vitorioso, a obra era uma novidade, "pela graça fluente da linguagem poética" (Manuel Bandeira), a perfeição dos versos, palpitantes de vida e sensualismo, em contraste com a tão apregoada frieza marmórea da escola e à própria Profissão de Fé com que o poeta abria o volume, exaltando a perfeição fria do verso, talhado em "o alvo cristal, a pedra rara,/ o ônix".
A opinião geral do país podia então ser resumida na frase de João do Rio: "Bilac chegou à perfeição - é sagrado". Era também um poeta muito popular, graças sobretudo à sua lírica amorosa, expressa nos 35 sonetos da Via Láctea. Virgens Amorosas era um soneto que milhares de brasileiros sabiam de cor. Esta é a melhor consagração.
Literatura Brasileira / Poemas, poesias