Os Quatro Evangelhos 01

Os Quatro Evangelhos 01 J.B Roustaing


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Os Quatro Evangelhos 01





Os Quatro Evangelhos – Espiritismo Cristão ou Revelação da Revelação é uma obra psicografada pela médium belga Émilie Collignon que, conforme os originais franceses, é de autoria dos espíritos dos quatro evangelistas, assistidos pelos apóstolos e por Moisés, tendo sido coordenada pelo jurisconsulto francês Jean-Baptiste Roustaing. Foi publicada originalmente em Paris, em 1866, em três volumes, sob o título Les Quatre Évangiles – Spiritisme Chrétien ou Révélation de la Révélation, pela editora Imprimerie Lavertujon. O Tomo Primeiro possuía 494 páginas, o Tomo Segundo tinha 703 páginas e o Tomo Terceiro, 654 páginas. Jean-Baptiste Roustaing (Bègles, 15 de outubro de 1805 - Bordeaux, 02 de janeiro de 1879) foi advogado, jurisconsulto, bastonário da Ordem dos Advogados de Bordeaux e autor de diversos trabalhos jurídicos. Espírita francês, foi o coordenador da obra Les Quatre Évangeles – Spiritisme Chrétien ou Révélation de la Révélation ("Os Quatro Evangelhos - Espiritismo Cristão ou Revelação da Revelação'"), obra psicografada pela médium belga Émilie Collignon. Jean-Baptiste Roustaing teve uma juventude repleta de dificuldades, obrigando-o, desde cedo, a trabalhar para que pudesse custear seus estudos. Essas vivisitudes o acompanharam até a vida adulta, chegando a afetar-lhe a saúde. Concluiu os estudos iniciais no Collège Royal de Bordeaux, tendo seguido para Toulouse, para cursar Direito. Esgotados os recursos da família, lecionou literatura, ciências, filosofia e matemáticas especiais, a princípio em Toulon, onde residiu de 1823 a 1826. Conseguiu, desse modo, o diploma em Direito. Estagiou em Paris, de 1826 a 1829, vindo a ingressar na advocacia por volta de 1830. Anos mais tarde, retornou para Bordeaux, fixando-se em definitivo. Em 03 de agosto de 1847, inscreveu-se na Ordem dos Advogados de Bordeaux. Foi eleito bastonário daquela instituição, em 11 de agosto de 1848, para o ano judiciário de 1848-1849. Este título é conferido ao advogado de maior saber jurídico e de reconhecida probidade pessoal e profissional. Sua cultura e saber, também, alçaram-no jurisconsulto. Foi indicado secretário do Conselho para o ano de 1852-1853. Em 24 de agosto de 1850 casou com sua prima e viúva, sem filhos do primeiro matrimônio, Elisabeth Roustaing. Em 02 de agosto de 1855, deixou as funções administrativas da Ordem. Em 1858, acometido de grave enfermidade, após 30 anos de labor, é obrigado a se afastar das atividades profissionais. Porém, mesmo assim, permanecendo com advogado consultor. Restabelecido, retorna aos trabalhos de advogado, em 1861. Roustaing também se dedicou às ações beneficentes, de modo especial em Bordeaux e, também, no distrito de Targon, na região de Entre-deux-Mers, onde possuía na comuna rural de Arbis, uma propriedade, adquirida em 1855. Conforme seus discípulos e amigos registraram na obra Les Quatre Évangiles de J.-B. Roustaing. Réponses à ses Critiques et à ses Adversáires, Bordeaux e Paris, 1882, Roustaing foi um "homem de coração simples e de espírito humilde." Jean-Baptiste Roustaing faleceu no dia 02 de janeiro de 1879, tendo seu sepultamento ocorrido no cemitério da Chatreuse, no jazigo Gautier. Não deixou descendentes. Diante do jazigo, usou da palavra o Sr. Battar (discurso registrado no Journal de Bordeaux, do dia 06 de janeiro de 1879), então batonário da Ordem dos Advogados de Bordeaux, que fez extenso elogio do colega, ressaltando-lhe as qualidades de excepcional advogado e de conhecido benfeitor no campo da caridade prestada aos pobres e doentes. Roustaing esteve afastado da advocacia, por motivo de doença, de 1858 a 1861. Neste período travou contato com o fenômeno das mesas girantes e das comunicações com os espíritos, estudados à época por Allan Kardec, que publicou O Livro dos Espíritos, em (1857) e O Livro dos Médiuns, em (1861). Como Kardec, Roustaing também mostrou cepticismo, antes de estudar o assunto profundamente. Assim, leu primeiramente O Livro dos Espíritos, aceitando-o na íntegra como revelação lógica e racional. Depois, O Livro dos Médiuns, aceitando-o igualmente. Após estudar e examinar estas obras, debruçou sobre a História, desde sua origem até os dias contemporâneos, buscando os registros oficiais sobre as comunicações entre o mundo espiritual e o mundo corporal. Consultou os livros de filosofia profana e religiosa, desde os antigos, ao século XVIII. Também pesquisou os textos dos prosadores e poetas, objetivando analisar as crenças e costumes dos tempos, com relação à imortalidade e comunicações com espíritos. Perlustrou o Antigo e o Novo Testamento, como nunca fizera outrora. No sentido de conhecer os fenômenos, aproximou-se do grupo familiar de Émile A. Sabò, em junho de 1861, onde, seis meses mais tarde, iria conhecer o casal Emilie e Charles Collignon. Émilie Collignon seria a médium que viria a psicografar a obra Os Quatro Evangelhos. Findo o período de estudos, análises e reconhecimentos, constatou que já havia, em algumas famílias da cidade de Bordeaux, médiuns com as quais ele pôde se relacionar. Assim, deu início a uma segunda fase, agora experimental, cujos trabalhos de experimentação e observação foram diários. Em dezembro de 1861, quando do segundo encontro com Collignon, Roustaing recebe uma mensagem psicografada pela médium. Semelhante ao que ocorrera com Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), quando findou seus estudos e análises sobre as comunicações e fenômenos espirituais, Roustaing era concitado pela espiritualidade a sua tarefa missionária. Assim, de imediato, Jean-Baptiste Roustaing dá início à sua missão de coordenador, de todo o material que seria psicografado sobre os Evangelhos, os Dez Mandamentos e Jesus, através da mediunidade de Émilie Collignon. Em maio de 1865, já com todo o material preparado, recebe instrução dos espíritos que o assistiam, para a publicação da obra. O trabalho recebe o título sugerido pelos espíritos: Os Quatro Evangelhos – Espiritismo Cristão. Sendo que Roustaing adiciona, sem consultar os espíritos, o subtítulo: “ou Revelação da Revelação”. Expressão encontrada no bojo do trabalho (op. cit. pp. 64 e 65). A elaboração da obra estendeu-se de dezembro de 1861 a maio de 1865 (03 anos e 05 meses). O lançamento foi nos dias 05 de abril (02 volumes) e 05 de maio (último volume) de 1866, conforme anúncios feitos por Auguste Bez em L'Union Spirite Bordelaise. Ignora-se quantos exemplares foram então impressos. No Brasil Uma coleção do original de Os Quatro Evangelhos chegou ao Brasil em 1870, pelas mãos de Luís Olímpio Teles de Menezes, fundador do primeiro centro espírita do país - o Grupo Familiar de Espiritismo (Salvador, 1865). As obras de Kardec eram então ainda estudadas no francês. Outro pioneiro do espiritismo no país, que promoveu a difusão da obra organizada por Roustaing, foi o professor Casimir Lieutaud, fundador do Colégio Francês, no Rio de Janeiro. Nesta última cidade, foi constituída a Sociedade de Estudos Espiríticos - Grupo Confúcio (1873), que teve papel expressivo na difusão da doutrina espírita à época. Nela, além do estudo das obras de Allan Kardec, também era feito o estudo de Os Quatro Evangelhos, embora não de forma sistemática. Posteriormente, Antônio Luís Sayão fundou o Grupo dos Humildes (1880), depois Grupo Ismael, que também adotaria o estudo da obra de Roustaing. Em 1883, Augusto Elias da Silva fundou o Reformador, periódico quinzenal cujo conteúdo assentava no binômio Kardec-Roustaing. Em 1884, com a fundação da Federação Espírita Brasileira (FEB), onde, desde os primórdios, foi estudada e divulgada a obra de Roustaing, o Reformador passou a ser o órgão oficial de divulgação da FEB. Bezerra de Menezes, em 1889, então presidente da FEB, transferiu o Grupo Ismael para as suas dependências, o qual se constituiu na célula espiritual da Casa Máter do Espiritismo, como é conhecida nos dias atuais. Quando Bezerra de Menezes assumiu pela segunda vez a presidência da FEB (1895), formalizou estatutária e legalmente a obrigatoriedade do estudo e da divulgação da revelação coordenada por Roustaing e contida em Os Quatro Evangelhos. A primeira edição de "Os Quatro Evangelhos" em língua portuguesa veio a público em 1909, no Rio de Janeiro, editada em três volumes pela FEB. Francisco Raimundo Ewerton Quadros, o seu primeiro presidente, foi quem verteu a obra para o vernáculo, publicando-a inicialmente em série, nas páginas do Reformador. A partir de 1920, com tradução de Guillon Ribeiro, a obra passou a ter quatro volumes, com apostilas à margem de cada página, acrescentadas pelo tradutor a fim de facilitar a localização dos assuntos.

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