Pausa para um beijo

“Manifestações célebres do imaginário do poeta: aviões, ruas, pessoas e anjos viajam em um universo pitoresco e exato. Poesia de construção rebuscada que só compreendemos de pressenti-la com a alma. Porque não escrevemos estes poemas? Mesmo ao conhecer Wesley Barbosa, não conseguimos repeti-lo; só senti-lo. A delicadeza tênue do poema contrasta com a precisão da palavra e do verso. São frases organizadas no universo ambíguo e delicado, construídas como se constrói uma existência de contemplação, de memória e lições. Lê os seus poemas é sentir o universo de buscas - universo do ser humano, que se sabe ser humano - e teimosamente reproduz suas falas como um autor, a interpretar a sua própria peça. Que pousa nu, no universo da incompreensão e se declara avião como se declara raça humana.”

*Welington Sá – agrônomo, editor, poeta, e escrito bissexto, técnico em artes gráficas e eletrotécnico.