O depoimento de Késia Mesquita diante do grupo de profissionais de saúde, voluntários e jornalistas, no dia em que criamos no Grupo Meio Norte de Comunicação, o Núcleo de Atenção ao Suicídio, foi surpreendente e marcante. A narrativa que nos fez acerca da morte de sua irmã Débora, era rigorosamente consonante ao que disse o poeta Carlos Drumond de Andrade, de que a dor é inevitável, o sofrimento opcional. E mais - seguindo Leon Tolstoi - , de que a alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira. Passei a perceber que Késia, além de uma vontade irrefreável de ajudar aos outros, de levar alento aos que sofrem, possui um talento formidável para a literatura, uma paixão necessária pela poesia e um dom abençoado para a música, com bela voz e refinada qualidade para compor. Os textos que escreve todas as quintas-feiras para o Jornal Meio Norte, com foco especialmente nos jovens, indicam que podemos aguardar uma escritora de intensa sensibilidade e uma capacidade rara de saber ler o mundo e as pessoas.
José Osmando de Araújo
Jornalista, Diretor de Jornalismo Grupo Meio Norte de Comunicação
Autoajuda