David Friedrich Strauss havia publicado A antiga e a nova fé, décadas depois de sua obra A vida de Jesus, causando grande impacto na sociedade européia da época que, sentindo ainda forte e benéfica brisa do Iluminismo, procurava se autodeterminar e também se libertar da milenar dominação ideológica e política do cristianismo.
Na esteira desse movimento, David Strauss surge como um fenômeno da teologia cristã dessacralizadora e desmitificadora. Cristo teria sido um impostor? De qualquer forma, as intervenções divinas de Jesus, narradas no Evangelho, não passavam de mitos e lendas. Isso é o que diz Strauss. Um ateu convicto, matador de Deus como Nietzche, se apressa em analisar e criticar as idéias propaladas por Strauss.
É um belo embate, uma boa briga. No campo de batalha, Nietzsche luta em duas frentes: ataca o autor do livro em minimiza a força de exército de seguidores de Strauss, infiltrado na sociedade alemã. O vencedor? Nietzsche? Não necessariamente.
Filosofia