Resenhas - Frankenstein Alive, Alive:

Thaisa 25/02/2020

Aí está uma graphic novel que me surpreendeu positivamente: confesso que iniciei a leitura sem esperar muita coisa, achando que seria uma simples releitura de "Frankenstein", de Mary Shelley.
No entanto, me deparei com algo muito melhor: seguindo a idéia de uma continuação do Moderno Prometeu (o que poderia ter acontecido ao Monstro e ao Dr. Victor Frankenstein depois do clássico gótico), Steve Niles conta a história do protagonista de forma dolorosa e empática, sem deixar de pontuar os seus erros e acertos, assim como também reinventa a questão da inteligência e do aprendizado do Monstro.
Com questões filosóficas sobre a sociedade e o indivíduo, o protagonista se verá preso em uma espiral de tristeza, remorso, sentimento de inferioridade, até finalmente encontrar algo que o faça valorizar a vida, o futuro, e até a si mesmo.
E o que eu mais amei nesta edição foram os desenhos e os traços de Bernie Wrightson que, através de cores frias e artes cheias de detalhes e sentimento, conseguem refletir o gótico da era vitoriana e a melancolia de um ser que busca incessantemente seu lugar no mundo.

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