Homem-Animal por Grant Morrison

Homem-Animal por Grant Morrison




Resenhas - Homem-Animal Omnibus


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Glauber Castro 25/02/2024

Durante os meses que li este omnibus, não sabia se eu ria do cinismo presente no texto, se eu me angustiava com as questões sociais abordadas ou se eu refletia na relação entre humano e criador.
Homem animal e sem dúvida umas das coisas mais incríveis que já li.
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DevilWhite 18/01/2024

O melhor de Grant Morrison!
Não li todas as obras do Morrison, mas já tenho essa HQ como uma das melhores leituras da VIDA!
Gosto muito da maneira que o Morrison trata a metalinguagem, a história do coyote é fenomenal! A maneira que a família do homem animal é apresentada é umas das melhores que você vai ler nos universos de ?quadrinhos de herói? sem contar as diversas críticas sociais apresentadas na obra! Morrison gênio!
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renat.of.ábriga 12/03/2023

Incrível!
Grant Morrison resgata um personagem esquecido da DC e escreve uma das melhores fases de um herói de quadrinhos. Se valendo dos valores e regras inerentes à mídia HQ e especificamente ao universo de heróis, GM consegue abordar temas socioculturais relevantes nos anos 80 (e ainda hoje), caros especialmente a sua forma de ver o mundo, e ainda explorar de forma divertida e muito inventiva os recursos metalinguísticos que o suporte possibilita, desnudando ludicamente ao leitor toda a tensão existente entre criador e criatura, autor e obra. As últimas páginas do encadernado são sensacionais. Destaque também para as artes (Chaz Truog, majoritariamente) e cores originais (Tatjana Wood), bem como as arte das capas, de Brian Bolland. Vale demais a leitura.
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Akkah 21/10/2022

ARTE
"A vida precisa que você continue lutando e não esmoreça enquanto fazem mais bombas e arrasam mais matas.
Ou você está do lado da VIDA ou você está do lado da MORTE. Qual você escolhe?" - Homem Animal, Grant Morrison.

Essa foi honestamente a melhor leitura de 2022 até aqui. Eu sabia que eu ia gostar, só não sabia que eu ia gostar tanto. Aqui eu mudei completamente a minha percepção sobre HQs, e também a distinção que eu fazia entre livros normais e quadrinhos. Me entregou mais camadas e reflexões do que qualquer um dos clássicos que li este ano. Homem Animal vai te entregar tudo que você espera, ai ele vai te surpreender, e quando você achar que acabou, ele vai te surpreender mais umas seis vezes em sequência, é surreal. Se você já assistiu o filme INCEPTION você provavelmente vai entender um pouco do que estou falando.

Qualquer coisa que eu falar pode ser spoiler, mas eu posso te dizer que esse definitivamente não é um quadrinho de super heróis. Na verdade é, mas ele só usa a ideia de heróis como palanque para trazer reflexões muito mais profundas. Aqui você vai ouvir falar sobre filosofia, fé, religião, política, exploração animal, poluição, ganancia humana, consciência de classe, sanidade, consumo de drogas, família e MUITO mais. Até o mito de sísifo acaba sendo abordado aqui, acho que o Grant Morrison devia gostar de ler Camus também. Fora isso, homem Animal extrapola ao limite tudo que você já ouviu ou viu sobre quebra de quarta parede. Ele vai realmente entrar na sua casa. (isso não é uma brincadeira.)

Os preços de Homem Animal no Brasil hoje estão um pouco salgados, mas você com certeza encontra ela online em sites de scans (ptbr) ou de graça (em inglês) pelo Kindle Unlimited, também dá pra achar as versões antigas em sebos por aí, eu juro que vale a pena. Seja por qual mídia for, por favor dê uma chance e embarque nessa viagem muito louca.

(essa foi tambem a legenda do post que fiz sobre a obra la no meu insta: @akkah.bookclub)

site: instagram.com/akkah.bookclub
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Lucas Canabarro 14/08/2022

Eu sempre ouvi falar muitas coisas positivas sobre essa história, e devo dizer que tudo sempre foi verdadeiro.
Eu gosto muito desse tipo de história, que utiliza a mídia em que está sendo contada para torna-la algo único e grandioso.
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Thiago Rossoni 22/02/2022

Na contramão do que se produzia no final dos anos 80 no mercado de super-heróis, Morrison renega o realismo sombrio e o critica através de uma trama metalinguística, questionando o papel do autor. O limbo é fantástico, aliás!
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Luiz819 11/12/2021

Muito além de um quadrinho de herói
Essa é uma obra que transcende e muito a ideia tradicional de um quadrinho de herói. Trata-se de uma experiência de reflexão sobre a existência e o papel do homem no mundo. Há muito conteúdo filosófico envolvido cujos detalhes não posso adentrar para não dar nenhum spoiler.
No entanto, cabe uma dica para os leitores que vão ler esse material pela primeira vez: não tente entender tudo de uma vez. De fato, em muitos momentos não haverá nem sequer uma pista do que está acontecendo, mas muita coisa será compreendida em um momento posterior. Apenas aproveite o quadrinho e tenha fé que tudo será resolvido.
Eu sinceramente não gosto muito de ler obras com muito contéudo abstrato, onde há referências em entrelinhas e mensagens enigmáticas que eu deveria ter entendido por conta de uma visão deturpada de algum autor que mostrar que é um "fodão". Em geral, obras desse tipo são carregadas de prepotência e um olhar raso das coisas. Isso não ocorre nessa obra. Grant Morrison conseguiu discutir tudo de uma forma que as coisas se encaixam muito bem e me fez refletir em muitos momentos. Obviamente, não espere encontrar sentido em tudo ou respostas prontas. Todavia, a discussão central é bem clara e interessante.
Um ótimo quadrinho que tenho vontade de reler para pegar mais e mais detalhes. Recomendo.
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Henry 14/10/2021

O Mal do Mundo Somos Nós
Primeiro trabalho que leio de Grant Morrison, além de ser o meu primeiro omnibus.

A HQ é bem competente em criar histórias que, além de abordarem o universo de super heróis, mostra a vida como ela é. E quando digo isso, falo sobre a relação do homem com a natureza.

O Homem Animal é um personagem criado para conscientizar, ao meu ver. Destemido, preocupado com o bem estar dos animais e corajoso, o herói nada mais é do que um ser humano. Com problemas humanos. Dívidas. Relacionamentos mal resolvidos.

Apesar deu ter gostado bastante de boa parte das histórias, senti o autor se perdendo um pouco em alguns arcos. Particularmente, eu não curto esse surrealismo e misticismo que Morrison tentou aplicar.

Os desenhos é outro ponto que não me cativou. De fato, não me incomodou ou mudou minha experiência de leitura, mas a forma estática e, as vezes, sem expressão dos personagens me deixou um pouco desanimado. No entanto, as cores são bem utilizadas, com excessão do sangue, que é rosa.

A última história é sensacional. Grant Morrison foi genial e inventivo na escolha narrativa do encerramento. Curti muito.

Super recomendo o material.
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Lucas.Alves 29/09/2021

Quadrinho incrível
Que história incrível, a forma como você se relaciona e entende a causa pela qual ele luta só mostra o quanto Grant escreve. E o final... Que metalinguagem incrível
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Djeison.Hoerlle 14/07/2021

Cá venho eu, após um bom tempo ausente, tempo este que dediquei principalmente ao trabalho, à escrita de meus quadrinhos autorais e também à vivência de minha própria vida, um dos fatores que mais costumo negligenciar. Mas sem lamentações de millennials sobre o dinamismo do século XXI, por favor. Vamos ao ponto.

O fato é que Homem-Animal, no mapa mental que organizo da história dos quadrinhos, aparecia em um terceiro lugar atrás de Sandman e Monstro do Pântano (que inclusive não li ainda). Por quê? Porque Sandman é imbatível e porque Alan Moore é Alan Moore. Escolha fácil, em uma mente acelerada.
Junto de seu degrau mais baixo do pódio, vinha também a imagem de um careca de rosto impessoal chamado Grant Morrison, junto de algumas notas mentais com termos como "psicodelia", "metalinguagem" e "veganismo", que, à exceção do segundo, que me é muito caro desde a catártica leitura de Memórias Póstumas, me são pouco ou nada caros. E bem, após 712 páginas de Homem-Animal, continuam não sendo.

Veja bem, não é que o autor não as tenha empregado de forma assertiva, é só que Homem-Animal vai muito além destes termos que insistimos em associar. Tem metalinguagem? Muita. Mas poucos para para falar sobre a precisa satirização do gênero heróico que Grant Morrison nos entrega. A construção da dinâmica da ascensão de Buddy em um mundo já superlotado de seres com poderes foi uma daquelas sacadas geniais que qualquer autor teria vomitado ao longo de uma única edição, mas que o escocês conseguiu esculpir de forma magistral ao longo de pelo menos 12 edições.

Preciso ainda abrir um parágrafo para falar sobre a questão dos animais. Eu sou um gaúcho sensível, o que implica na existência de um interminável cabo de guerra dentro de minha consciência. Por um lado, alguma das minhas melhores memórias envolvem a degustação de um churrasco em um domingo ensolarado na chácara da família, memórias essa que vão desde o menino com cabelo de tijela que um dia fui ao adulto de tamanho mediano e sobrancelhas espessas. Mas devido à supracitada sensibilidade, me vejo constantemente abalado com todo tipo de desrespeito à existência dos animais. No tempo em que escrevo esta resenha-diário, posso dizer com sinceridade que dos meus 4 ou 5 melhores amigos, pelo menos 3 possuem quatro patas.

O tal cabo de guerra, entretanto, se viu uma vez mais abalado, mas desta vez para o lado da sensibilidade. A forma como Grant Morrison personifica os animais em algumas de suas histórias é brilhante. Fugindo de obviedades como as fábulas costumam ter, o que vemos aqui são lapsos de narrativa, conhecimento de biologia e militância, todas perfeitamente condensadas.

Sei que estou me alongando, mas foram 712 páginas, então me sinto em tal direito. Prossigamos.

Outro aspecto que me surpreendeu demais foi a dinâmica de Buddy e sua família. Fugindo de entonações óbvias e clichês, há um aspecto tragicômico na maioria das interações entre seus personagens que me é muito cara (assim como para a maioria dos britânicos). Para se ter ideia, a esposa de Buddy, Ellen, é artista de livros infantis, profissão essa que talvez evidencie um pouco da metalinguagem que seria trazida posteriormente. Apesar de não raramente se queixar do mercado, repleto de flutuações e desigualdade, é Ellen que segura as pontas. Buddy consegue ser ainda mais sonhador e desprendido, precisando muitas vezes de alguns puxões para voltar à realidade, mas nunca na dinâmica esposa corta-barato. Existem filhos que precisam ser alimentados, e uniformes caros de herói não são comestíveis.

Visualmente, não há nenhuma genialidade, no entanto, e isso não se deve somente aos ilustradores. Grant Morrison é genial em suas dinâmicas e diálogos, principalmente aqueles com efeito reverberante no final das cenas, mas não cria grandes composições visuais para seus artistas, tampouco estruturas complexas e precisas como as de seu rival. É apenas uma história desenrolando-se da forma que pôde, sem querer ser mais do que é, o que é complementado pelas ilustrações totalmente zeitgeistianas, pouco chamativas sob qualquer aspecto.

E embora este último tenha sido um parágrafo duro, meu coração está amolecido. Sim, eu sabia que tudo acabaria bem, mas isso não me impediu de chorar com Buddy a perda de sua família, assim como não me impediu de rever meus hábitos de consumo animal, de rir com um herói fracassado ou mesmo de me afeiçoar por ele justamente por seus defeitos.

Homem-Animal é uma obra prima. Vale cada centavo. E eu sei que não são poucos.
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Dan 06/07/2021

Quem escreve o mundo ?
O roteiro do Morrison é maravilhoso, carregado de metalinguagem, questionamentos ambientais (principalmente direitos dos animais) e questionamentos existenciais também mas admito que não recomendo pra quem tá iniciando no mundo dos super heróis não, ter uma familiaridade com as eras pelo menos é necessário.
A arte é competente e consegue passar um aspecto bem psicodélico em algumas páginas.
A edição em si é linda, com sobrecapa e tudo porém bem pesada. Não notei erros de tradução nem nada e é isso aí.
E sobre os bichinhos, procurem se conscientizar sobre marcas cruelty-free e parar com cosumo de carne se possível, é isso.
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