Resenhas - Miss Hyde

Burity 10/03/2023

Curta porém satisfatória
A história não é de facto inovadora, mas consegue te prender no curto tempo de quadros. O vilão é fraco e isso enfraquece a personagem principal mas como ferramenta de construção funciona e cria curiosidade de acompanhar os próximos passos dela.

Claudinei 25/02/2022

Uma ópera espacial brasileira muito bem feita!
Esse é o segundo trabalho da dupla criativa Luís Carlos Sousa (Roteiro) e Rafael Dantas (Arte) que leio esse mês, e assim como o primeiro gostei muito eu vi.
Dessa vez a dupla salta do sertão nordestino diretamente para as fronteiras infinitas do espaço sideral, mas sem perder o sotaque “visse”? Mostrando a versatilidade da dupla em produzir uma boa história de aventura. Usando a mesma formula de misturar nossa cultura a outras, dessa vez ao invés de mitos, vemos a mistura de elementos dos clássicos literários do fim do século XIX, como o “O estranho caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde” de Robert Louis Stevenson, e “Frankenstein” de Mary Shelley, aliás essa é uma das propostas da Escafandro, que artistas nacionais criem suas versões de personagens e obras clássicas.
Nossa Myss Hyde é Alice, uma caçadora de recompensas espacial, a bordo de sua nave ela recebe a missão de entregar uma encomenda a determinado Lorde em determinado planeta, apenas com o único detalhe de não abrir a caixa em hipótese alguma, mas por acidente ou curiosidade mesmo a garota acaba abrindo a caixa e se surpreende com seu conteúdo, mas resolve deixar pra lá, uma vez que precisa tomar “seus remédios” e descansar. Ao chegar no tal planeta Alice estranha quem seja o tal lorde e quando a esmola é muita o santo desconfia, a garota “arretada” não demora a descobrir os planos cruéis de seu anfitrião e mostra pra ele que “rapadura é doce, mas não é mole não”.
Uma aventura muito divertida e com muita ação, a personagem Alice é cativante, ganhando a simpatia do leitor desde a primeira página. A arte do Rafael, que também contribuiu nas cores junto do Bernardo Spengler traz uma riqueza ainda maior a essa história, que mesmo curta, em pouco mais que 30 páginas, está bem fechadinha no roteiro do Luís, o único ponto negativo dessa HQ é que ela acaba. Torço para que a dupla retorne com a personagem novamente.


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