jesscso 06/08/2023
Despertar: Desenvolvimento e muita expectativa
Protagonistas! Mônica e Chico Bento ilustram a capa da segunda parte do arco Eterno Retorno em traços maravilhosos. Despertar, o segundo capítulo de Eterno Retorno, continua na mesma vibe de aventura de ficção científica, trazendo um quarteto inusitado.
?? OBSERVAÇÃO: Resenha com spoilers da edição e da primeira parte do arco.
Escrevi na resenha anterior que Neovida, o primeiro capítulo do arco, era introdutório e misterioso. Já nesse capítulo, Daniel Mallzhen apresenta o enredo com mais complexidade e imersão.
Após despertar do sonho, Mônica prontamente entra em contato com Chico para entender o que está acontecendo. A empresa Neovida está envolvida com uma planta capaz de controlar os sonhos, e parece que essa está pedindo ajuda para os jovens.
Gostei bastante do andamento do roteiro! É um capítulo de desenvolvimento, explicando pontos e personagens antes não vistos na revista. Há uma continuidade de uma das revistas de Chico Bento Moço, a edição 58: Tudo a perder. A planta que controla os sonhos é apresentada na história, e necessito ler para compreender melhor. O capítulo faz bem seu papel, mas quero criar uma conexão com o plot para poder caminhar junto com os personagens. A combinação de personagens de Mallzhen é inusitada e muito legal! Quem diria que Carmem, Chico Bento, Mônica e Milena iriam protagonizar um arco? Além de que a dinâmica entre eles está bem interessante.
Algo que parece bem óbvio para mim é que a planta está sendo usada pelo Colecionador para algum plano para controlar a mente das pessoas e está pedindo ajuda para o Chico, que ela já conhece. Porém tenho minhas dúvidas sobre isso, já que o próprio Chico diz ter tido sua energia sugada pela planta na edição 58 (CBM). Talvez o Colecionador esteja agindo desde então? Preciso ler para saber. Também quero descobrir se o núcleo do Acácio e do Dan serve apenas para explicar algumas informações sobre a planta e ou se eles vão ajudar os protagonistas!
Alguns pontos a serem destacados:
Há uma continuidade dos arcos Uma Luz Que Se Apaga e Ascensão do Limiar aqui: a morte de Ramona é citada por Acácio, que diz que está aprendendo a lidar com a perda. Gosto desses detalhes, mostrando que os roteiristas sabem o que acontecem nas histórias de outros roteiristas.
Preciso elogiar alguns desenhos de Lino Paes nesse capítulo. A cena da chuva é muito bem desenhada. Porém, continuo a criticar o mesmo ponto: Lino usa muito copia e cola, reutilizando desenhos já feitos e isso se torna chato depois de um tempo.
Daniel Mallzhen está fazendo um ótimo trabalho! É uma história interessante e objetiva, caminhando para um desfecho que (espero) vai ser eufórico.
Continuando a revista, Mallzhen dá as caras novamente e Marcantonio continua seu desenvolvimento nas duas one-shots.
O sabor da arte, roteiro de Felipe Marcantonio, dá um desenvolvimento rápido para Maya. Mônica está culpando ela pelo término de Magaquim, mas irá mudar de pensamento ao longo a história. One-shot rápida e cumpre o seu objetivo. Sem convite, de Daniel Mallzhen, desenvolve o núcleo de Maria Cebolinha (agora Macê). Acho muito legal os roteiros que envolvem essa turma, é um diferencial dos jovens que estamos acostumados. Roteiro fofo e fluído, com desenhos lindos de Jairo Alves.
Eterno Retorno está sendo um arco bom e bem escrito. As one-shots desta era até agora não tiveram um diferencial muito atrativo (exceto A Espada de Cristal, por Mallzhen); seria interessante algumas one-shots da turma de Chico. Devo admitir que estou ansioso para a próxima edição. Roberta Pares estará ilustrando, sinto que o próximo capítulo tem grandes chances de ser muito boa!