Resenhas - Batmangá Por Jiro kuwata Vol. 01

Murillo Bertolini 07/06/2023

Bela surpresa!
Mangá do Batman escrito nos anos 60 tendo como referência o Batman camp da série de 66. Tem tudo para, nos dias de hoje, ser uma leitura passável e desinteressante, certo? Errado!

É incrível como nos anos 60, a narrativa gráfica do mundo oriental era muito mais dinâmica, fluida e veloz que a maioria do que era produzido nos EUA na mesma época. No vol. 1 do Batmangá de Jiro Kuwata, em nenhum momento verbos aquela verborragia cansativa tão característica de quadrinhos Marvel e DC dos anos 70 pra trás. Pelo contrário, o mangá traz cenas de ação muito bem desenhadas e com uma narrativa ágil e que empolga a leitura.

O roteiro por sua vez, também não deixa a desejar. Apesar de seguir a mesma fórmula da "invenção maluca que cria uma habilidade única que faz o criminoso se tornar o vilão da semana" em quase todas as histórias, é de admirar a criatividade do autor em criar suas vilões. Desde um vilão com um traje altamento elástico que o confere a habilidade de quicar como uma bola, até um biólogo que descobre como absorver as habilidade dos animais para si prórprio, cada história traz uma trama com uma proposta inicial minimamente interessante, mas pouco previsível, visto que sempre há alguma reviravolta que pega o leitor no contra-pé e muda o rumo da história.

Dentre as 6 histórias presentes nesse primeiro volume, destaco a último, "O homem que desistiu de ser humano", onde um homem descobre que tem um gene mutante e tem a possibilidade de ser o próximo passo da evolução. Questionamentos sobre o risco do desconhecido, dever cívico com a huminidade e mortalidade são discutidos mesmo que sob uma narrativa simples e divertida.

Como um todo me surpreendi bastante com esse mangá, pela sua qualidade, diversão e narrativa. Ansioso para ler os próximos volumes!

Leonarto 15/11/2022

O manga do Batman
Como um amante das histórias do Batman eu sou suspeito pra falar, mas eu me surpreendi muito, pra quem acha que já leu tudo do Batman aqui temos uma versão bem inusitada que não se afasta tanto assim do original, todos os vilões são inéditos mas são facilmente imagináveis dentro das histórias clássicas do heroi, recomendo para quem é fã do Batman.

Claudinei 13/10/2022

Publicação inédita do Homem Morcego aqui no Brasil
Publicação inédita aqui no Brasil, um presente para os fãs do Homem Morcego que podem conhecer mais uma dentre tantas versões do personagem.
Inspirado no seriado dos anos 60, Jiro Kuwata escreveu e desenhou sua versão do Batman nessa publicação no Japão entre 1966 e 1967, por aqui será publicado em 3 volumes.
Apesar de ter como base a série estrelada por Adam West, Kuwata dispensou o tom galhofa e fez sua versão com uma Gotham City não tão sombria, mas que ainda precisa da ajuda do cavaleiro das trevas para lidar com super vilões que vão surgindo no decorrer da história e falando em vilões, pelo menos nesse primeiro volume, não vemos nenhum clássico conhecido da galeria do Batman, mas sim personagens novos que dão um tom de ainda mais originalidade a obra, outro fato interessante é que se tem pouco foco em Bruce Wayne e Dick Grayson, os heróis estão em maior parte do tempo atuando como Batman e Robin, enfrentando criminosos que muitas vezes cometem até assassinatos para chegarem a seus objetivos.
A arte é bem característica dos mangás dessa época, lembrando em muito os consagrados Osamu Tezuka e Shotaro Ishinomori, porém sem aquelas famosas mutações anatômicas de alivio cômico, minha única queixa nesse sentido é o fato de que os três primeiros vilões tinham o mesmo resto, de resto principalmente as cenas do Batmóvel em movimento ficaram ótimas pra mim.
Nessa edição temos 06 arcos de histórias divididas em 3 capítulos cada, exceto a ultima que tem 4, com roteiros bem desenvolvidos, claro que, sem escapar do clichê de vez ou outra a dupla dinâmica inventar algo mirabolante em questão de segundos.
Ademais por ser tratar de algo inédito aqui e que já conta com mais de 50 anos, acredito que seja algo que vale a pena os “bat leitores” conhecerem.


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