Marvel Edição Especial Limitada Capitão América - Edição 02

Marvel Edição Especial Limitada Capitão América - Edição 02



Resenhas - Marvel Edição Especial Limitada Capitão América - Edição 02


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Aly 27/03/2021

Caveira Vermelha sob os holofotes
Apesar de ser o segundo volume de uma trilogia inteiramente dedicada à fase do Mark Waid nos anos 90, nesse volume quem brilha é o Caveira Vermelha.

Claro, Steve está lá, junto com Sharon, mas ela continua insuportável e mal-educada, dando patadas em quem quiser receber e em quem não quer nem merece, também. Não existe nenhuma química entre ela e Steve e o romance deles, que o Waid insiste em dizer que existe, é forçado, porque ali não existe amor. Nem mesmo o "eu te amo" que surge no meio de uma luta é dito com convicção. Como acreditar neles depois disso?

Steve continua sendo Steve. O mestre estrategista, o supersoldado, aquele que só de estar perto faz a gente querer ser bom, não importa o como. Mas também é um Capitão América seco, e talvez muito disso se deva à quantidade de tempo que ele passa conversando com a Sharon. Já na história entre ele e o Homem de Ferro presente nesse volume, wow. O Capitão brilha nas cenas de ação, na formulação dos planos e, mais que tudo, nos diálogos estilo bate-e-volta com Tony, e ainda traz um belo contraste com a Guerra Civil que seria travada entre os dois anos depois.

Mas, como dito no início, o grande destaque é o Caveira Vermelha, que teve sua mente aberta pra nós, pra que a gente pudesse entender como é que ele enxerga o mundo, porque ele é como é, quais as suas motivações. E ele é perverso, perturbado, psicótico, e é difícil pensar que algo assim possa acontecer, mas ele é inerentemente mau. E ele gosta disso.

Esse volume traz as duas versões dessa visão de mundo do Caveira. A versão que foi publicada e chegou às bancas e a versão censurada, que teve cenas cortadas e diálogos inteiros refeitos, porque foi considerada "potencialmente prejudicial". Por quê? Porque o Caveira vê o mundo repleto de inimigos que o perseguem e poluem o mundo. Aqui, ele é a vítima que renasce da opressão para o poder sem misericórdia, e o Capitão América é o tirano opressor e manipulador. Poder observar como o Capitão é visto por seu maior inimigo é, pra dizer o mínimo, perturbador. No pior dos cenários, de embrulhar o estômago e te fazer querer virar o rosto, respirar e tentar entender como aquilo é possível. Às vezes, talvez até desejar nunca ter visto.

Enfim. É um volume intenso.

Uma última nota: que tradução mais ou menos, viu? E pior que a tradução parecer ter saído do google tradutor, os revisores têm os nomes na ficha técnica, mas não serviram pra nada, aparentemente.
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Julião 11/03/2021

Muito legal!
Mark Waid escreve heróis muito bem. Consegue trazer o senso de heroísmo e justiça de forma sublime. Adoro ler muitas coisas dele e no Capitão América não foi diferente.

O desenvolvimento da trama é muito bom, só achei meio massante e chato o final desse volume. Você entenderá bem o que estou falando...

Ansioso pelo próximo volume para encerrar essa saga.
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