Razão e Revolução

Razão e Revolução Alan Woods...

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Razão e Revolução


Filosofia Marxista e Ciência Moderna




Escrito logo após a queda do muro de Berlim e do colapso da União Soviética, este imprescindível livro faz uma contundente, profunda e – por que não? – apaixonada defesa do marxismo num momento em que se renovam e recrudescem sobre ele os mais virulentos ataques de todos os lados. Os ideólogos da burguesia, com sua característica ligeireza e superficialidade, chegaram a decretar o fim da história e a vitória definitiva do capitalismo, descortinando um futuro de estabilidade, paz e progresso para o mundo sob a égide do mercado, agora globalizado. Esta ofensiva ideológica também se apoiou e se nutriu do desconcerto geral provocado no seio da esquerda pelo fracasso do estalinismo. Com isto, o mundo se viu de repente povoado por uma estranha fauna: a fauna de ex-marxistas, ex-comunistas e ex-guerrilheiros, agora apóstatas e com um grande apetite pelas benesses do poder.



No entanto, era este um desfecho esperado: afinal, que marxismo era praticado por essas estranhas criaturas? O anátema lançado sobre Trotsky e por eles acolhido sem reservas serviu de barreira quase intransponível à compreensão do fenômeno estalinista e de suas perspectivas: se tivessem lido e digerido adequadamente os escritos de Trotsky, mais particularmente o seu livro “A Revolução Traída”, escrito em 1936, talvez tivessem sido mais prudentes.



Contudo, a história - esta velha, inarredável e teimosa dama – recusou-se a desocupar o cenário apenas porque assim o desejavam os pontífices da reação burguesa e seus novos acólitos. Às velhas contradições, nunca antes resolvidas, somaram-se novas, e a realidade, com absoluta indiferença, continuou a operar dentro dos mesmos parâmetros e com crueza agravada. Para infelicidade da burguesia, o coroamento do processo de colapso da União Soviética coincidiu com o final do boom capitalista do pós-guerra, minando sua viga mestra, o “estado do bem-estar social” nos países capitalistas avançados, e encurtando o período de sua “lua de mel”.



Sem embargo, não se pode negar o prejuízo: muita gente desavisada e sem uma sólida base teórica se deixou abater, povoando a estrada da retirada e da deserção, confundindo as massas que eles pretensamente dirigiam. Principalmente aqueles que nunca realmente conheceram ou dominaram o método do materialismo dialético. A rigor, essa gente se satisfazia com uma mescla indigesta oferecida por “marxólogos” que já tinham tido a prudência ...


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Trincheira
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28/09/2009 02:51:30

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