Recife Lugar de Memória

Recife Lugar de Memória Plínio Santos-Filho...


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O presente livro é resultado de uma parceria entre a Prefeitura
da Cidade do Recife, através de sua Secretaria de Direitos
Humanos e Segurança Cidadã, e a Agência de Estudos e
Restauro do Patrimônio – AERPA, que, por meio de financiamento
pelo Ministério da Justiça, conseguiram produzir este Guia tão
importante para o Recife. Importante porque revisita fatos,
personalidades e locais da cidade onde ocorreram esses fatos,
buscando, de forma direta, desvendar um Recife escondido na
sua intensa agitação cotidiana de grande metrópole.
Para Gilberto Freyre, um dos grandes inspiradores desse livro,
o Recife é uma cidade a ser desvendada. “Tanto nos subúrbios
como no centro, o Recife é uma cidade recatada. Não se exibe.
Não se mostra. Retrai-se. Contrai-se. Esconde-se, até, dos olhos dos
estranhos. (...) O Recife é assim: cidade que antes se esconde dos
admiradores que se oferece à sua curiosidade.” Para os autores
da presente obra, desvendar o Recife é contar um pouco da sua
história, visitar lugares, perceber mudanças e, principalmente,
exercitar a curiosidade, já que muito das informações aqui
apresentadas são fruto de um conhecimento resultante da paixão
pela descoberta, da imensa vontade de saber mais sobre quem
somos, onde vivemos e que cidade é essa que nos acolhe e nos
deserta nos desvãos de seus caminhos e descaminhos.
Por isso, o formato de guia de visitação, com roteiros
selecionados para serem percorridos a pé, de carro ou mesmo
de bicicleta, nos moldes dos recentemente lançados Um Dia
no Recife e Um Dia em Olinda, ambos também pela AERPA
Editora. Esse formato, coadunado com as práticas saudáveis e
ecologicamente corretas do turismo urbano contemporâneo,
permite uma descoberta sem pressa, interativa e certamente
construtiva.
Quatro rotas compõem este guia: A Rota do Açúcar, que
explora os locais e as memórias remanescentes deixadas pelo
“ouro branco”, base de um época rica e faustosa da cidade e profundamente enraizada na sua identidade cultural; a Rota dos
Holandeses, época decisiva para a formação do Recife e do ideal
de nacionalidade brasileira; a Rota das Revoluções de 1817 e 1824,
movimentos que refletem o desejo de se estabelecer uma república
no Brasil, confrontando os ideais reacionários da monarquia; e o
período do regime militar de 1964, ainda uma mancha recente e
de proporções indefinidas na democracia brasileira.
A pesquisa textual e iconográfica envolveu várias idas à
Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj, onde sempre contamos
com a cortesia e a colaboração de seus funcionários;
buscas em publicações impressas e digitais especializadas;
e conversas com especialistas e curiosos na área, como o
escritor Paulo Santos de Oliveira, o que muito nos ajudou a
formatar o conteúdo abordado neste livro. A maioria das
imagens, no entanto, são de Plínio Santos-Filho, que descreve
através da lente fotográfica o trajeto visual das rotas.
É importante ressaltar que o presente trabalho não é de
forma alguma completo. Sabemos e avisamos de antemão
que assuntos, fatos, pessoas, datas e locais ficaram de fora
da publicação, não por ignorância, mas pelo tamanho e
abrangência do assunto, assim como não foi possível consultar
todas as fontes sobre os temas.
Gostaríamos de agradecer o empenho de Amparo Araújo,
Secretária de Direitos Humanos e Segurança Cidadã da
cidade do Recife; os parceiros de caminhadas dominicais,
Antônio Carlos Montenegro, Carla Andrade Reis, Fernando
Braga, Francisco Cunha, Fred Leal, Nelson Telles e Nilce Falcão,
sem os quais não seria possível a realização deste trabalho.
Desejamos a todos uma boa leitura e ótimas caminhadas!

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Marcelo Catanho
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