Augusto Comte é um nome que jamais será omitido na história da filosofia ocidental. Escritor francês, autor de sucessivos livros que demonstram o amor e o cultivo da língua pátria, admirados adrede em todo o mundo sábio pela clareza expositiva e pela certeza didática, propôs-se, neste modesto livrinho, fundar a ciência política, teórica e prática, estática e dinâmica. Embora fosse ainda relativamente jovem, pois só atingiria a plena maturidade ou madureza intelectual em 1820, havia já lido e estudado as obras magistrais de Aristóteles, Maquiavel e Bossuet, precursores da nova ciência, mas detem-se a criticar explicitamente os livros de Montesquieu e Condorcet, apoiando-se na lei histórico-filosófica dos três estadoe por que tem passado a civilização da humanidade.