Somando os conhecimentos de uma juíza de direito e de um médico urologista, este livro promove um confronto instigante entre a rápida evolução tecnológica da Medicina e os conceitos clássicos do Direito, analisando as implicações éticas, médicas e jurídicas da reprodução assistida especialmente no que concerne a seus aspectos mais polêmicos, como a destruição de pré-embriões, a comercialização de óvulos e espermatozóides e a clonagem humana, este último bastante em voga na atualidade. É um livro que gera reflexões e aponta para o futuro, principalmente quando consideramos que a primeira inseminação artificial humana, em 1791, a exemplo da clonagem, também encontrou obstáculos morais, religiosos e científicos. A pergunta é inevitável - será que em breve, quando a clonagem deixar de ser novidade, estaremos diante de mais uma técnica normal de reprodução assistida? E a lei, não se manifesta? 'Não há crime sem lei anterior que o defina', mas o surgimento de novas tecnologias gera discussões e debates na sociedade, estabelecendo limites éticos e jurídicos a certas práticas da medicina, fazendo com que a ciência tenha bem claros os parâmetros que determinam até onde pode chegar. Este livro espelha justamente esse debate.