Pássaros Máquinas no Céu do Amapá

Pássaros Máquinas no Céu do Amapá



Resenhas - Pássaros Máquinas no Céu do Amapá


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z..... 27/02/2016

A maior parte do livro disserta sobre a guerra como um todo e não, especificamente, sobre a Base Aérea em Amapá. O contexto abordado mostra a ascensão do Hitler, o cenário político-econômico mundial e a a inserção do Brasil nesse meio.

O que me chamou mais atenção foi a abordagem da pressão que o Brasil sofreu para entrar na guerra. Havia, e é mais conhecida, a questão da revolta que a população teve em relação ao torpedeamento alemão contra várias embarcações brasileiras (em nossa costa e em outros continentes), porém, o que não é tão alardeado, foi o plano arquitetado pelos Estados Unidos de invadir o país, que serviu como instrumento político de pressão e colocou-nos sob a influência e dependência política-econômica dos norte-americanos.

A abordagem sobre a base aérea, apesar de limitada, é muito interessante, cheia de curiosidades e de grande importância pelo impacto e influência na região. É outro ponto de destaque no livro - o principal.

A autora trata sobre:
- os "zeppelins" (que transitaram por pouco tempo, cerca de um ano, e faziam um patrulhamento da costa similar aos atuais helicópteros, com observações e apoio às embarcações e tropas);
- sobre o cotidiano na base (um mundo em paralelo à realidade amazônida, contando com cassino e suas peculiaridades, e um padrão de qualidade que era novidade até em simples coisas, como o sorvete, além de estimular o comercio local);
- a construção da base (que se deu de forma secreta, estimulando o imaginário popular);
- e da questão estratégica, do tráfego aéreo e de aspectos bélicos.

A obra é uma das poucas, talvez a mais importante na região, sobre pormenores da Base Aérea em Amapá. Por isso de relevância fundamental para estudos e apreciação do tema.
Faltou um pouco mais sobre a questão geográfica em ilustrações, ou ainda, impressões populares remanescentes dessa história. Não é o foco do livro, mais é um segmento que muito me instiga. As "nave-balões" (em Amapá) ou os submarinos alemães (na Ilha de Santana) são até hoje lendas fantásticas. Ecos de uma história misteriosa e imprecisa nos fatos e imaginário.
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><'',º> 20/02/2016

"Alvíssaras! Chega a nós os relatos mais precisos e detalhados que se viu até agora de um dos monumentos históricos mais importantes do Estado: A Base Aérea do Amapá. Melhor ainda por que trazidos pela inteligência da professora-escritora-historiadora Cassilda Barreto, produto humano da melhor qualidade, nascido e criado no Município de Amapá.

Só que o livro da Cassilda não fica restrito à base. Vai mais longe. Juntando seus estudos com o material recolhido durante as peregrinações pelos ministérios, conta pedaços importantes da Segunda Guerra Mundial e o que o Amapá teve a ver com ela, incluindo detalhes que bem poderiam ser explorados em salas de aula.

Entre outras coisas, Cassilda expõe pormenores da varredura do litoral amapaense, decorrência da presença de submarinos por aqui. Conta o que foi a Pannair do Brasil e o papel que desempenhou durante a guerra.

Por demais interessante também é o capítulo que relata o fugaz progresso da pequena cidade do Amapá, com a chegada dos americanos.

Enfim, 'Pássaros Máquinas no Céu do Amapá' pode, tranquilamente, ser colocado na estante dos livros indispensáveis para quem deseja conhecer essa valiosa parte de nossa história contada por quem nasceu no cenário dos acontecimentos.

Resgate de fragmentos do passado, tão necessário para que melhor possamos entender o presente e partir para o futuro com mais confiança e com mais certeza de que tudo pode ser melhor."

HÉLIO PENNAFORT (Trechos do Prefácio)
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