Sunkey 12/09/2017
PÉSSIMO!
Péssimo, a começar pelo título que designa um comportamento perverso com um termo biomédico e vitimista. Talvez devesse chamar "O que não fazer se você quer vencer a pornografia". O livro observa que o circuito de recompensas visto na liberação de dopamina no núcleo achumbes do cérebro parece ter um papel determinante na expressão biológica do consumo da pornografia. Esse sistema ativaria uma busca por prazer similar à da caça, como se, ao clicar de vídeo em vídeo, o pornógrafo estivesse “caçando” uma mulher.A pornografia levaria a uma redução da dopamina e a uma queda dos receptores de dopamina, de forma a diminuir a resposta de prazer. Isso significa que quanto mais se busca prazer por meio da pornografia mais se provoca uma anestesia ao prazer, o que leva a pessoa a buscar novos estímulos. Entre as consequências que essa dinâmica biológica poderia provocar estariam: avanço em pornografias mais pesadas, impotência sexual, disfunção erétil, homossexualidade e ansiedade. E daí com base nessa análise biologicista propõe um método supostamente infalível de erradicar o problema, baseado numa contagem maluca de dias cujo fracasso do método se mostra pelos constantes "reboots" e efeitos colaterais (exemplo: flatline) de que se aventura nesse método.Método, por sinal, materialista, naturalista, reducionista, determinista, biologicista e ateísta.