Rio Maria apresenta a crônica das mortes anunciadas e continuadas na zona rural do Brasil. Ricardo Rezende, sacerdote e defensor dos direitos humanos, conta aqui o que viu e viveu, oferecendo aos leitores um retrato em branco-e-preto do nosso país, como nas fotos de valor artístico, numa linguagem tão bela quanto incisiva, no qual o clamor por justiça transparece nesse empenho cotidiano de sobrevivência que faz dos "condenados da terra", como diria Fannon, testemunhas de uma teimosa esperança.