Quase ao final do ano de 2011 tivemos a feliz noticia do retorno da formação original do Black Sabbath – com Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward – mas, infelizmente, logo no início de 2012 se espalhou pelo mundo a informação de que Tony está com câncer. Isto coloca em risco os planos dos membros da banda de juntos produzirem um novo trabalho depois de tantos anos, e os sonhos dos fãs de contarem com material inédito e uma turnê mundial desse grupo que é o maior ícone do Heavy Metal. Resta-nos acreditar que a descoberta da doença tenha sido realmente nos seu estágio inicial, e que os recursos da ciência permitam a total recuperação da saúde de Iommi. As perspectivas são favoráveis. Força, Iron Man!
Inevitavelmente chegará o momento em que não teremos mais a presença em vida dos grandes ídolos do Heavy Metal, mas isso não significa que o gênero musical venha a perder força, principalmente porque a obra dos artistas neste cenário permanecerá cativando muita gente nas gerações futuras por tratar-se de arte da mais pura qualidade.
Já está provado que o encerramento de atividades, ou mesmo a morte, dos grandes astros do Rock não impede o constante crescimento da popularidade da sua música. Os exemplos são muitos, sendo que dois casos dos mais expressivos que devem ser citados são os Beatles (banda dissolvida oficialmente em 1970, com apenas 8 anos de atividade) e Elvis Presley (falecido em 1977 aos 42 anos), que continuam conquistando novos fãs. A mesma coisa acontece com o Led Zeppelin, para citar algo mais pesado, pois é quase impossível a um garoto que tenha interesse em boa música, que ao ter um primeiro contato com o trabalho de Jimmy Page & Cia. não se torne fã. E a banda parou em 1980... Jimi Hendrix, falecido em 1970 ainda influencia músicos do mundo inteiro. Mas será que ainda surgirão novos ídolos do porte dos maiores nomes do Rock/Heavy Metal? Aliás, este assunto é levantado pelo nosso leitor Marcelo Lima (veja na seção "Roadie Mail").
O caminho natural das coisas leva a imaginar que alguma das bandas de médio porte que estão em atividade no momento possa produzir um trabalho de impacto que a torne gigante. Isso aconteceu nas décadas passadas, e temos alguns exemplos citados a seguir: nos anos 70 vimos atingir o auge bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, Judas Priest; em seguida, já na década de 80, juntaram-se eles AC/DC, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Rush, e nos anos 90 chegaram ao ápice Metallica, Guns N'Roses, Skid Row. Contudo, ninguém pode garantir que não possa aparecer um novo fenômeno de uma hora para outra e ter uma explosão de popularidade. Mas, a grande sustentação do Rock e do Heavy Metal, o que torna essa cena praticamente indestrutível, é a força do seu movimento “underground”, e a quantidade incalculável de bandas pequenas e médias, mas de alta qualidade, que estão espalhadas pelo mundo todo, reforçando a constatação de que é único gênero musical realmente globalizado.
Airton Diniz
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