Santas Cartas

Santas Cartas Evandro Duarte...


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Crônicas de duas cidades na pandemia da Covid-19




Santas Cartas: livro registra o cotidiano da pandemia em formato de cartas-crônicas
Os autores se corresponderam entre março de 2020 e março de 2022 contando as experiências vividas nas cidades de São José (SC) e São Paulo (SP)

Um dos aspectos mais significativos ocorridos durante a pandemia da Covid-19 foi trazer o mesmo drama humano para todas as pessoas do planeta. Por óbvio, cada qual enfrentou as dificuldades com os recursos que tinha à disposição – como sempre, muita gente sofreu mais do que o necessário. De qualquer modo, talvez pela primeira vez desde a Segunda Grande Guerra, a história do mundo também passou a ser a história do cotidiano. O universal ganhou o particular e vice-versa. E é justamente nessa intersecção entre o plural e o singular que se situam os textos do livro Santas Cartas: crônicas de duas cidades na pandemia da Covid-19 São José – São Paulo.

Os autores Evandro Duarte e Thaís Ferreira Gattás trocaram mensagens eletrônicas de março de 2020 a março de 2022, relatando como passaram pela pandemia, mas também foram além, sem deixar que o tema trágico por sua natureza fosse a única opção. “Evidentemente, a pandemia está presente de alguma forma em todas as cartas, mas o assunto principal sempre é a experiência humana. Ainda que não soubéssemos de início para onde os textos crônicos nos levariam, acredito que escapamos do viés da tragédia e nos inclinamos para as possibilidades de um tempo tão desafiador”, explica Duarte. Segundo Thaís, “de certa forma, as cartas representam um respiro de arte que ajudou a tornar mais suportável a realidade. Não queria me lembrar desse tempo apenas por notícias de jornais e pesquisas científicas. Queria algo escrito que expressasse o que vivemos de forma mais pessoal. Acredito que muitas pessoas vão encontrar nesses registros coisas que viveram também”.

Evandro, sediado em São José (SC), vale-se de autores estrangeiros tão variados quanto o germano-coreano Byung-Chul Han ou o israelense Yuval Harari. Thaís, sediada em São Paulo (SP) e ocupada também em ressignificar a infância de sua filha, vai pela singularidade de canções para compor a trilha sonora de um tempo de isolamento e apreensão. Os papéis, claro, de um e de outro são intercambiáveis. Para Thais, o esforço coletivo para desenvolver a vacina é um belo exemplo do universal prosperando no particular. Para Evandro, a sobrinha que ganha um dez num trabalho da faculdade é um exemplo concreto do particular que pode mudar o universal.

Porque trocam cartas pessoais (25 crônicas para cada), inevitavelmente os autores falam de si mesmos. Não se trata, porém, de vaidade, mas de contextualizar e evidenciar o quanto seus testemunhos da pandemia dependem das condições nas quais se encontram. Esta intimidade aproxima o leitor de dois seres humanos reais que, por contingência, encontram-se milhares de quilômetros distantes, mas aproximados pelas palavras.

Crônicas / Literatura Brasileira / Não-ficção

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Evandro Duarte
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