Do caos às cintilações - no olhar da poeta ("trapezista do absurdo / me equilibro a todo custo..."), memórias e cenários desfilam numa trama tecida com sensibilidade e delicadeza, percorrendo solidões para estabelecer com o leitor uma relação de intimidade - às vezes plácida, às vezes tempestuosa (como de resto sempre são as relações) - e uma simetria que se abre a múltiplas imagens e reflexos, como num espelho cindido, desdobrando-se em novos infinitos a cada leitura.