A publicação da Sintaxe portuguesa -Metodologia e funções, de Mário A. Perini, não só vem preencher uma lacuna em nossos estudos lingüístico-gramaticais, como também procura estabelecer as necessárias relações dialéticas entre técnicas da Lingüística moderna e a nossa tradição gramatical. A obra divide-se em quatro longos capítulos, intitulados, respectivamente: "Descrição, traços distintivos e protótipos", "Funções sintáticas na oração", "Funções de nível suboracional" e "A oração complexa".
O autor fixa-se na estrutura de superfície e privilegia os critérios formais. Para o segundo capítulo - "Funções sintáticas na oração" -, os traços formais selecionados são: concordância verbal, anteposição, possibilidade para um determinado termo de ser retomado por (o) que / quem, cliticização, posição do auxiliar e posição obrigatória antes do núcleo do predicado.
No que se refere às funções de nível suboracional, os critérios são marcadamente distribucionais: Perini considera que no sintagma nominal máximo podem ocorrer um predeterminante, um determinante, um possessivo, um quantificador, um pré-núcleo, um núcleo e um modificador, nessa ordem, respectivamente.
Não-ficção