Em Damasco, há mais metralhadoras nos ombros que bolsas e nuvens de pesticida pairam pelas ruas, irritando olhos e gargantas alheias enquanto matam um se-número de mosquitos. Ainda assim, a beleza está lá: cada fonte d'água é uma celebração e cada parque é um jardim; os pombos sussurram e as andorinhas cortam os céus.
Em 1995, Heather Burles deixou seu emprego como programadora e comprou uma passagem só de ida para a Síria. Em Smouldering Incense, Hammered Brass [Incenso em Brasa e Latão Martelado, numa tradução direta], Burles descreve suas experiências viajando pelo interior do país, a experiência de alugar uma casa em Damasco, o aprendizado da língua árabe, o contato com o povo sírio e como conseguiu manter-se livre de problemas. Por ser uma mulher viajando desacompanhada, a autira teve acesso à vida de outras mulheres e com frequência foi convidada a visitar seus lares. Ao escrever esses encontros, ela procura não romantizar e sim refletir sem meias palavras sobre as suas vidas e sua própria.
Burles é recebida como hóspede de honra em um banquete Beduíno, torna-se vítima de um "acidente" orquestrado por um oficial de polícia e passa uma tarde com um mukhabarat (um agente da temida polícia secreta).
Às voltas com o idioma árabe, entre outras aventuras, Burles vivencia diversos momentos de profunda admiração à generosidade e hospitalidade do povo sírio.
Sociologia / Turismo e Viagens