«Só (Paris, 1892), a principal obra de António Nobre, é marcada pela lamentação e nostalgia, suavizadas pela presença de uma fina auto-ironia e pela ruptura com a estrutura formal do género poético em que se insere. Essa ruptura traduz-se na utilização do discurso coloquial e na diversificação das estrofes e ritmos dos poemas.
“Com este Só, de Nobre e Sousa Pereira, ficamos com a mais adulta das leituras da infância, a que a ela regressa, quando isso importa, mas a que dela se liberta, quando nos apetece pensar sobretudo em nós.”