Kierkegaard jamais pretendeu ser filósofo. Por várias vezes ele mesmo definiu-se como um pensador a refletir sobre a existência e suas ligações com a divindade; para ele o estágio religioso era o último e mais importante salto que o indivíduo deveria empreender para interpretar-se e encontrar um sentido para suas existência.
Contudo, esse pensador que não se considerava filósofo e que acreditava que toda ciência era inútil - já que não era capaz de dar sentido à existência humana -, acabou por criar as raízes de uma nova corrente filosófica - o existencialismo.
Duvidar de todas as certezas, considerar-se fora do âmbito da verdade, sempre perseguida e sempre afastada pela dúvida - fundamentos da filosofia existencialista - formam o cerne do pensamento de Kierkegaard.