Neste livro, o autor relança, com agudeza e vivacidade, como, ao longo da história da psicanálise, os impasses do processo de formação psicanalítica foram se constituindo e se cristalizando, até se transformarem decisivamente em impossibilidades reais para a transmissão da psicanálise. Além disso, nos mostra como a relação entre o analista e o analisante, marcada pela assimetria sadomasoquista, pode se transformar numa relação de tortura, o que a história recente da psicanálise no Brasil nos indica que é possível de acontecer no campo do real, não se restringindo pois a uma simples metáfora e a uma figura de retórica.
Desenvolver com clareza essa problemática fundamental para os destinos e o futuro da psicanálise é a ousadia maior deste trabalho, ousadia necessária também para experimentar a angústia do desamparo e as incertezas do processo psicanalítico. -Joel Birman
Psicologia