Trilhas do Sagrado

Trilhas do Sagrado Zeny Rosendhal...


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Trilhas do Sagrado


Geografia Cultural




As chamadas ciências sociais, tais como antropologia, sociologia, filosofia e história, costumam reservar bastante tempo e espaço para os estudos religiosos. Mas, sendo a religião e suas expressões uma construção subjetiva que se materializa necessariamente num território, por meio de seus signos, objetos, palavras ditas e/ou escritas, vestimentas, rituais e construções, como não a considerar dentro da geografia humana e, mais concretamente, na geografia cultural? Apesar de todo o empenho das forças hegemônicas da política mundial por uma cultura homogênea e globalizada, os mecanismos de diferenciação mostram-se não apenas resistentes, mas incrivelmente expansivos. Neste sentido, a religião tem-se colocado na centralidade desse processo de fortalecimento das diferenças, marcando, de forma significativa, divergentes percepções e concepções sobre o sagrado e o profano. A originalidade da obra está na proposta de considerar as cidades-santuários como um lugar de construção das subjetividades. Os seis capítulos falam sobre a materialização do sagrado nas cidades-santuários, mas para além das imagens, signos, símbolos, templos, destacam também as experiências emocionais dos fenômenos sagrados, investindo na percepção e no significado que essas experiências produzem no individual e no coletivo. Tema de grande relevância, principalmente se considerarmos que uma das principais cidades-santuários, Jerusalém, está na centralidade das discussões sobre um possível choque de civilizações entre o Ocidente e o Oriente, sublinhado pelos antagonismos históricos entre católicos, judeus e muçulmanos que reivindicam aquele território como sua terra prometida. Organizado pela professora Zeny Rosendhal, Trilhas do Sagrado é mais um notável exemplar produzido pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Espaço e Cultura da UERJ. Lançado pela EdUERJ, integrando a Coleção Geografia Cultural, o livro busca aprofundar-se no fecundo campo que se constrói a partir da perspectiva de se observarem o território e a religião como marcos identitários, nos quais as relações de poder se estabelecem e produzem ambiguamente igualdades e desigualdades, temas recorrentes na contemporaneidade em que a intolerância religiosa se faz bastante presente. A obra, além da maestria de Zeny Rosendhal, conta com as valorosas contribuições dos professores Otávio José Lemos Costa, Sandy Regina Cadete Barbosa de Jesus, Carlos Eduardo Santos Maia, Cristina Teresa Carballo e Maria da Graça Mouga Poças Santos.

Filosofia / Religião e Espiritualidade

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