Então aconteceu a única coisa que não podia acontecer. Alguém bateu na porta. Toques secos, ritmados.
"Geraldine?", o grito lá fora.
Era ele, meu Deus, justo ele! Através da porta do banheiro, vi o pezão ensangüentado sobre a borda de pedra-mármore. Voltei-me para Geraldine, que segurava o ventre com as duas mãos, e executei um gesto de inevitável desespero. O importuno visitante continuava gritando e batendo. "Como foi que ele chegou aqui?"
"O Calinho deve ter dado o serviço", respondeu Geraldine. "Mas o que isso importa agora? Ele vai descobrir o cadáver... vai querer te matar..." Trocamos o olhar da perdição. Estávamos completamente sujos de sangue.