UMA CRUZ NA SIBÉRIA

A poucos quilômetros de modernas cidades na Sibéria, existem escondidos no mato, campos de trabalho forçados. A história se passa dentro de um desses campos, povoado de farrapos humanos, homens esfomeados, maltratados, degradados. São esses prisioneiros os responsáveis pela construção do gasoduto que conduzira gaz natural para os países da Europa Ocidental.
Sibéria. A região onde os invernos são gélidos e implacáveis, enquanto os verões castigam com calor tórrido. Nesta região de temperaturas e condições extremas, está JAZ 541/1, um campo em que trabalha e vive um grupo não homogêneo: ressentidos da vida, que se isolam a essa solidão para fugir do mundo; jovens que querem fazer fortuna tão rapidamente quanto possível; e outros que querem satisfazer sua sede de poder e controle, ou para deixar fluir, sem inibição, seus instintos mais sádicos. E, além disso, aqueles que não trabalham lá por vontade própria: presos, exilados.

É para esse campo, onde a tortura, extorsão, chantagem e até mesmo o assassinato sem sentido fazem parte da rotina diária, que é enviado pela Igreja de Roma o jovem sacerdote Stephanus Olrik. A missão do sacerdote submisso, vestido com suas roupas de operário, é levar valor espiritual para os habitantes do campo e fortalecer a sua fé em Cristo. Para Olrik, esta missão vai se tornar uma aventura que muitas vezes excedem os limites de sua força.

Olrik encontra o comandante sádico Rassim, que está engajado em uma luta sem trégua, com a jovem médica Larissa Tschakowskaja, uma mulher tentando evitar, que novamente ocorram os horrores e crueldades inspiradas por Rassim, e pela qual o jovem padre despertou uma profunda paixão que procuram, por todos os meios esconder.

O vigário de Cristo deve superar em astúcia comissário político Jachjajew, mas acima de tudo deve cumprir a sua missão de ajudar os prisioneiros que lá trabalham e sofrem: o exílio e escritor geralmente boxeador que logo se torna sua sombra como a prostituta que se tornará seu confidente mais confiáveis.

Romance