Muita coisa poderia ter acontecido quando resolvi ficar até mais tarde na empresa, mas nunca me passou pela cabeça que alguma delas fosse socorrer uma estagiária em trabalho de parto e que eu criaria uma conexão tão rápida e tão forte com um garotinho que veio ao mundo nos meus braços.
Ao descobrir que sua mãe biológica o entregaria para a adoção, decidi que queria adotá-lo. Ainda que eu fosse o tipo de homem que as pessoas julgavam incapaz de criar um bebê — mulherengo e sem relações duradouras —, sabia que era apto a cuidar de outro ser humano.
Então, um problema surgiu.
A assistente social designada a me acompanhar durante o processo de adoção pesquisou sobre minha vida e descobriu um escândalo envolvendo o meu nome. De repente, eu precisava — com urgência — limpar a minha imagem. Por isso, minha ideia brilhante foi recorrer à minha vizinha de porta. Laura era uma viúva, mãe de dois filhos, que havia se mudado para o meu prédio pouco tempo antes. Nós nos tornamos amigos e seus filhos gostavam de mim.
Com isso, seria perfeito que ela fingisse ser minha noiva e nós fingíssemos ser uma família.
Leitura recomendada para maiores de idade.
Romance