Uma Saga Amazônica

Uma Saga Amazônica Marleine Cohen


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Uma Saga Amazônica


Através da minissérie "Mad Maria"




. Para retratar a grande aventura que representou construir uma estrada de ferro em plena selva, a Editora Globo lança o livro Uma saga amazônica através da minissérie Mad Maria.



. Nos confins da Amazônia, numa terra de ninguém, quase 22 mil operários contratados em todo o mundo juntaram forças para construir uma das obras mais polêmicas do século XX: a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré – ou, melhor, a Ferrovia do Diabo. Por ela, e pelo sonho de vencer na América, mais de seis mil pessoas deram a vida entre 1907 e 1912, segundo estimativas.



. O assentamento dos trilhos ao longo do trecho mais pantanoso da floresta do Abunã, nos arredores de Porto Velho, Rondônia, as condições de vida numa das regiões mais inóspitas do mundo, a queda-de-braço entre o homem e a natureza, a malária, o cansaço, a falta de perspectivas, a miséria: esta é a grande aventura que o livro Uma saga amazônica através da minissérie Mad Maria, lançado pela Editora Globo, retrata com emoção e riqueza de detalhes.



. Baseada na minissérie escrita por Benedito Ruy Barbosa, com direção de núcleo de Ricardo Waddington e levada ao ar pela TV Globo, a obra é ilustrada com farto material fotográfico, colorido e preto-e-branco, com imagens da minissérie e imagens reais de autoria do fotógrafo norte-americano Dana Merill (indicado na época pela Madeira-Mamoré Railway Co. para acompanhar os trabalhos), o que confere à ficção um toque de realismo de grande impacto.



. Através de seus personagens – em sua grande maioria reais –, espelha ainda, e com extrema fidelidade, os hábitos e costumes, os trajes e ultrajes da Belle Époque, época em que a sociedade passou a questionar as convenções e as mulheres se tornaram mais provocantes.



. O livro tem início antes da licitação da obra, ainda do século XIX, quando um compromisso firmado com a Bolívia obrigou o Brasil a construir em plena selva amazônica uma estrada de ferro que colocaria “os Andes aos pés do Atlântico”, facilitando, assim, o escoamento da produção de borracha produzida na fronteira entre os dois países.



. Em meio à pujança do Ciclo da Borracha, que ergueu no coração da floresta cidades modernas e suntuosas, como Manaus ou Belém, e da Belle Époque carioca, cuja urbanização pretendia atrair a atenção do mundo para o Brasil pós-República, a trama se infiltra nos bastidores da política econômica nacional para descortinar interesses conflitantes e flagrar tórridas paixões e amores proibidos.



. Da história participam o presidente Hermes da Fonseca, conivente com o capital estrangeiro no Brasil, e seu ministro da Viação e Obras J. J. Seabra, homem de lisura que se digladia com o megaempresário Percival Farquhar, representante do poderio econômico norte-americano e determinado a dominar todo o sistema ferroviário da América do Sul. Traído pela sua única falha de comportamento – um romance às escondidas com uma jovem suburbana carioca –, J. J. Seabra passa a ser chantageado pelo inimigo e se vê obrigado a ceder aos seus interesses no Brasil.



. As causas e as repercussões da quebra do monopólio da borracha sobre a economia, a influência do capital estrangeiro nos serviços públicos emergentes, a corrupção nos mais altos escalões – como a aliança entre o jurista Rui Barbosa e Percival Farquhar –, a era do positivismo e o esplendor da Belle Époque são alguns dos temas recorrentes que tecem o pano de fundo para esta obra que contrapõe o instinto de sobrevivência no chamado inferno verde e a sede de poder da elite urbana.

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Daniel Valsechi
cadastrou em:
29/12/2009 15:35:42

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