A mulher mais bonita do Império Médio-Persa que se tornou Rainha e ousou dizer não a uma orgia do Rei.
Não trazia mágoa nos olhos
nem lágrimas riscavam as róseas faces.
Despediu-se dos últimos suspiros da tarde.
O crepúsculo acendia as constelações
e a noite derramava
um bálsamo suave, indefinível.
Não transitou pela sombra do medo
nem caminhou
pelas ruas escuras do desânimo
Uma estrela cintilava
acima das montanhas.
Parecia estar só,
mas escutava a voz do Inefável
Atravessou com fé
os inquietos mares mediterrâneos…
Levantou o olhar
acima das ondas,
para a beleza clara do céu,
certa de que seria escoltada
pelo Eterno.
A harmonia sideral
parecia flutuar e envolver
a encantadora beldade.
Decidiu viver intensamente
dentro de si mesma.
Alinhou-se com o Sublime
e mergulhou nos
eflúvios da Graça.
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