"1876" de Gore Vidal '-' A corrupção política é um fato da vida. Desde a antiguidade até os dias atuais ela já deu muito pano para manga. Nos Estados Unidos, quando se fala em corrupção logo nos lembramos do caso Watergate. No entanto, cem anos antes, a venda de votos de parlamentares e os descalabros governamentais já surpreendiam os americanos. Esse é o tema do romance 1876, do escritor Gore Vidal. O livro é o terceiro volume da trilogia histórica iniciada por "Burr' e "Lincoln" em que Vidal consegue combinar de forma brilhante o talento de romancista com a análise crítica da política americana.
"1876" explora os escândalos da administração do presidente Grant e ambiente tumultuado que marcou a eleição presidencial americana no ano do centenário da sua independência. Nele, Vidal retorna ao jornalista Charlie Schermerhorn Schulyer, personagem do livro Burr. Schulyer chega a Nova York, após 35 anos na Europa, para cobrir os eventos e aproveita para tentar restaurar sua posses e arranjar um bom casamento para sua filha Emma. Com muita ambição e charme, Charlie e sua filha penetram no centro do poder político e social no momento em que os ideais da jovem república começam a arrefecer e a idéia de um império vêm à tona.
Schulyer recebe a missão de manchar o governo de Grant e assim garantir a ascensão de seu aliado político, o Governador Tilden. Em troca, Tilden promoveria o retorno de Schulyer à Europa na condição de ministro em Paris. A primeira vista nada poderia ser mais fácil. Eles só não contavam com o preço do voto de cada parlamentar.
1876 atingiu o topo da lista de best-sellers do New York Times em 1977.
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