Mais uma vez, o contista maior do Brasil (nenhum outro escritor nacional, ao longo de nossa história, se dedicou ao conto com tamanha fidelidade) mostra que continua em plena forma, esbanjando graça e encanto em histórias que não perdoam as misérias humanas. Trevisan, já com uma obra feita e um nome respeitado no exterior, continua não tendo medo de experimentar novas linguagem narrativas, dentro, é claro, das fronteiras de seu universo ficcional. 234, mosaico composto por narrativas que vão do haicai ao miniconto, investe de forma explícita no ato da leitura. Saboroso elogio da leveza, ele responde à necessidade moderna, proposta por Italo Calvino, de concentração de poesia e de pensamento.
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