3 homens e nenhum segredo

Frank Sinatra. Dean Martin. Sammy Davis Jr. Juntos, eles fizeram o show mais quente da Las Vegas dos anos 1960. Eles tinham talento, dinheiro, charme, poder e isso deu a eles a oportunidade de transgredir, quebrar regras, desafiar o racismo, celebrar o hedonismo e cometer todos os pecados fora do alcance dos demais mortais. Eles foram desejados, admirados, invejados e temidos. Eles atraíram para sua festa desde o Presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, até um assassino psicopata como o chefe mafioso Sam Giancana, passando por deusas como Marilyn Monroe e Angie Dickinson e estrelas pornô como Linda Lovelace. Quem quer que fosse alguém naqueles tempos sentou na cadeira do Sands Cassino para assistir aos espetáculos do Rat Pack, que incluíram ainda coadjuvantes de peso como Peter Lawford e Joey Bishop. Mas as balas que mataram Kennedy em 22 de novembro de 1963 de alguma forma funcionaram como o apagar das luzes da festa que tinha começado com a filmagem de “11 Homens e Um Segredo”. Tempos mais sombrios estavam chegando e parecia não haver mais espaço para a celebração da crise de meia idade do clã de Sinatra. Amizades foram rompidas. Parcerias foram desfeitas. Favores foram esquecidos. Milhões de dólares evaporaram. Las Vegas mudou de mãos. Templos pagãos foram destruídos. Socos foram trocados. Tiros disparados. Este é um relato oral do que aconteceu naqueles dias.