Avareza, luxúria, ira, soberba, gula, inveja, cobiça. Fala-se muito dos sete pecados capitais, porém, muito mais nefastos e perniciosos para o homem são os pecados do capital. Em OS SETE PECADOS DO CAPITAL, o sociólogo Emir Sader reuniu oito dos mais brilhantes e influentes intelectuais brasileiros para expor, de forma crítica, a faceta nada glamourosa do capitalismo selvagem - disfarçado de neo-liberalismo. Questões que esbarram na ética e se caracterizam como as grandes mazelas do nosso tempo.
Abrindo a coletânea, Luiz Fernando Veríssimo destila a sua verve mordaz e capacidade ímpar de análise do cotidiano numa introdução primorosa. Desdobrando cada um dos sete pecados, Leonardo Boff examina o ecocídio; Frei Betto e Milton Santos a avareza; Maria Rita Kehl, o fetiche; Marilene Felinto, a fome; João Pedro Stédile, o latifúndio; Emir Sader, a exploração e Alcione Araújo, a perda do tempo de contemplação.
OS SETE PECADOS DO CAPITAL - cujos direitos autorais da obra foram doados para o Movimento dos Sem-Terra - formam uma obra instigante, que deverá promover um debate inteligente e importante nesta virada de milênio, um momento no qual a sociedade, descontente, repensa seus valores, se preparando para entrar no século XXI.