A África e as Potências Emergentes (Série Africana)

A presença de potências emergentes como China, Brasil e Índia, bem como Rússia, Cuba, Turquia, Irã, nações árabes do Golfo na África se apóia na mudança em curso do capitalismo global. A industrialização se espalhou pela semi-periferia do sistema mundial, especialmente na Ásia, e se conectou com a África. Mas a política mundial também está se alterando, com o declínio relativo do poder diplomático militar das potências tradicionais do Atlântico Norte.
Mas isto só, não explica o novo fenômeno, pois é necessário que esses países tenham projetos e vontade política de promover a internacionalização econômica e a cooperação política e social. Mesmo com a crise mundial iniciada em 2008, a cooperação com a África segue forte, a ponto das antigas potências usarem recursos diplomático-militares para reverter o processo. Este continente gigantesco e sub-povoado, é o último espaço com recursos estratégicos disponíveis e sub-utilizados, e sob influência de potências em declínio. Mas a chamada ''Nova Partilha" se baseia em setores específicos de economia de todo o continente, hoje constituído por nações com vontade política própria. Os africanos e seus novos parceiros ganham maior ação diplomática com a Cooperação Sul-Sul e a construção de um sistema mundial multipolar, que avança junto com o desenvolvimento da periferia. A China representa o fator mais importante de tal processo, quantitativa e qualitativamente, o qual favorece a presença dos demais emergentes.

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