Não é possível ao negro sentir-se confortável e em casa no Brasil, a não ser que se submeta e aceite reproduzir os estereótipos e estigmas que lhe trazem a subalternidade e/ou a marginalidade como seu inevitável destino social.
Esse é o gosto final que nos deixa a leitura deste livro que nos brinda com um primoroso estudo ao iluminar dimensões da questão racial no Brasil. Neste caso, o Renascença Clube do Rio de Janeiro – referência cultural e de lazer da comunidade negra daquela cidade – constitui o microcosmo da análise da autora, no interior do qual se revelam os obstáculos, ambiguidades e desafios que são interpostos aos esforços de integração do negro na sociedade brasileira, em especial para aqueles que encontram-se em processo de ascensão racial.
Sociologia