Muitos filósofos possuem renome, mas poucos chegaram ao ponto de se transformarem em adjetivos. “Maquiavélico” integrou-se ao vocabulário como “platônico”, “cartesiano” e poucos outros, mas, no caso do autor florentino, o qualificativo apenas cristalizou o que se considera amoral em sua racionalização da política. Para Maquiavel, na política ou na guerra a inteligência vale mais que a força.
Após apresentar, em “O príncipe”, (1532) as formas de fortalecer o poder do governante contra ameaças internas, o autor florentino dedicou-se a propor preceitos que o estado deve seguir para se proteger de agressores externos.
“A arte da guerra” (1521) não disfarça seu objetivo de ser um manual de táticas inspirado em sucessos militares da Antiguidade. Mas por trás dos detalhes sobre formação dos soldados, posição de batalhões ou distribuição de armamentos, Maquiavel demonstra que o poder, bélico ou outro, não sobrevive à falta de organização.
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