Calcificar os instantes num ósseo cotidiano pelo o que a prosa e a poesia proporciona é tarefa árida. Mas, um bom poeta, no sentido mesmo afetivo do termo, não foge ao embate nas palavras. Em "A bela dos moinhos azuis", o poeta Ademir Braz, afirma ainda mais sua condição de poeta, porque, como nos disse Moacyr Felix poeta é ver e universalmente compreender as mãos e a noite: saber que o chão de todos os nossos dias é regado com o escamoteado sangue da vida prisioneira. Isso, Ademir Braz traz impunemente nesse livro que é ora prosa, ora poesia, com humorística fé de estórias de um povo às margens de um espaço relegado pela literatura, pelas politicas e outras coisas mais.
Literatura Brasileira