Thomas Sowell, sendo ele próprio negro e de origem pobre do Harlem, desde cedo percebeu, com rara maestria e inteligência, que os discursos progressistas coaptavam os indivíduos para seus redis através de uma visão utópica de justiça social que seria alcançada se 1- houvesse um revolução política para derrubar o sistema de mercado capitalista, 2- o Estado fosse gerido por uma mentalidade igualitarista e progressista 3- se as pessoas se rendessem às imposições psicológicas – bem como físicas, políticas e monetárias – das pautas da intelligentsia esquerdista.
Em A busca da Justiça Cósmica, Sowell mostra-nos o que são verdadeiramente as teses da Justiça Social esquerdista, e desmorona os alicerces dessas crenças, mostrando-nos como tais princípios não passam de engodos e enganações ideológicas. A tal justiça total – ou “universal”, como ele denomina –, o mundo onde supostamente não haverá mais diferenças de aptidões, preconceitos e desigualdades econômicas, é uma realidade simplesmente impossível, estatística e matematicamente inviáveis. A Justiça Cósmica proposta pela esquerda é simplesmente um cavalo de troia que promete igualdade e representatividade, e entrega tirania e despotismo.
A busca da Justiça Cósmica é um das – se não for A – melhor análise filosófica e política da impossibilidade de justiça social apregoada pelo progressismo esquerdista. Realmente são poucos os livros que conseguem abranger e desmontar tese por tese da teoria de justiça social como esse.
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