Mais uma obra-prima de Joaquim Manuel de Macedo, o consagrado autor de clássicos como A Moreninha, A carteira de meu tio narra as aventuras de um jovem que vai à Europa em uma viagem custeada por um tio e quando volta ao Brasil tenta a carreira política. A partir daí, se desenvolve uma trama recheada da mais fina crítica e ironia, construindo um verdadeiro retrato da época em que foi escrita, em 1855, dez anos depois do término da Guerra dos Farrapos e dez anos antes da Guerra do paraguai. O rapaz escolhe ser político porque, segundo ele, "dá menos trabalho". Mas antes de se lançar à nova profissão, o tio exige que ele viaje pelo Brasil para conhecê-lo melhor. É nessa peregrinação que o personagem de Joaquim Manuel de Macedo retrata, através de alegorias, os pontos fracos da política e da sociedade brasileira, condenando a "terra dos compadrescos e dos afilhados".
Literatura Brasileira