Muitos de nós gostamos de sentir medo. Gostamos do mórbido, da sensação de ser pego, da curiosidade pelo proibido, da excitação com o grotesco, mesmo que tudo isso esteja no inconsciente, revelando-se na busca pelo assombro através de meios que tragam até nós a adrenalina, sejam esses filmes ou livros.
Queremos o lado assustador na ficção porque sabemos do que existe na vida real, e dessa forma temos o controle de nossos medos, confrontando-os ainda que seja no conforto de nosso lar.
Em A celibatária, uma pequena antologia com quatro contos de mesma autoria, vemos o medo expresso em algumas de suas formas mais cruas, passeando pelo impacto físico até o psicológico, levando o leitor a conjecturas e deduções as quais culminam num final contrário ao imaginado, tendo todos sidos criados pela mente caótica de uma autora que usa de seus próprios medos para criar mundos e personagens.
Horror