A construção de Madame Mao

A construção de Madame Mao Anchee Min


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A construção de Madame Mao





A construção de Madame Mao é uma biografia romanceada de uma das mulheres marcantes do século XX. Nascida em 1914 em Shantung, Chiang Ching teve uma trajetória que se confunde com os rumos políticos da China. Ambiciosa e cruel, perseguidora implacável dos seus inimigos por causa de sua determinação de suceder Mao Tsé-tung, conduziu milhões à morte. Anchee Min descreve o processo que levou a pequena Yunhe (seu nome de criança) a tornar-se o demônio de ossos brancos, como ficou conhecida a soberana das décadas de 60 e 70 — de atriz e militante a ditadora, depois lendária e mítica —, sem entretanto julgá-la.



A autora combina aspectos pessoais de Ching — colhidos em documentos originais — com fatos históricos, nos conduz além do mito da figura que influenciou toda uma geração de chineses. O resultado é o complexo retrato de uma mulher que superou os limites impostos por sua cultura, construindo um personagem, reinventando a si mesma para dar asas à sua imensa ambição, somente igualada por sua ânsia, jamais saciada, de ser amada. Min mostra as contradições e motivações de Yunhe. O livro começa em 1919, quando a menina tinha quatro anos, vai até 1991 e está dividido em três fases: Madame Mao como Yunhe (1919-1933), como Lan Ping (1934-1937) e como Chiang Ching (1938-1991), nome dado a ela pelo ditador.



Madame Mao teve origem humilde e sofrida: filha indesejada de uma concubina, criada para casar-se com um homem rico, recusa-se a conter o crescimento dos pés para adquirir o status de pés de lótus, apesar da insistência da mãe; espancada pelo pai bêbado, fugiu com uma companhia provinciana de ópera e engajou-se na arte como tábua de salvação. Estréia no teatro em 1930 e ingressa no Partido Comunista em 1933. Estrela de filmes, cantora e bela, casa-se com o comerciante Fei e naufraga no insucesso de se sentir submissa, quando suas ambições a incitam a obter mais. Decidida a melhorar sua condição, ingressa na universidade em troca de serviços na biblioteca. Lá, conhece o comunista Yu Qiwei, que mais tarde se tornaria um dos administradores de Mao, por quem desenvolve um amor cheio de admiração. Mas o romance se desfaz em meio aos confrontos políticos.



Somente quando decide ir a Xangai sua vida dá uma guinada. Encontra, nas regiões áridas e montanhosas do Yenan, Mao Tsé-tung. O grande líder revolucionário se revelou um marido indiferente, com um apetite insaciável para a infidelidade. O casal, no entanto, se manteve unido durante a vitória comunista, o desastroso Salto para a Frente e o caos da Revolução Cultural. Chiang Ching suicidou-se em 1991 na cadeia, onde estava desde 1976, devido à sua participação nos desmandos da revolução. Condenada à morte em 1981, teve a pena comutada para prisão perpétua em 1983.



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on 3/11/13


Primeiro livro da Anchee Min que eu li me tornou sua fã. Até agora, nenhum dos livros dela me decepcionou. Esse é um ótimo romance, uma leitura prazerosa e interessante. Além disso, amei particularmente a capa, que é lindíssima. A foto é da própria autora, que também é fotógrafa. Quanto a história, antes de ler esse livro, tudo que eu conhecia sobre a Senhora Mao era sua fama como uma mulher terrível, vingativa e ambiciosa, até mesmo cruel. Anchee Min, nesse livro, humanizou a personag... leia mais

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Nalí
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31/05/2010 22:29:44

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